Polícia do Rio realiza operação contra quadrilha envolvida no furto de 700 transformadores de energia

A Polícia do Rio de Janeiro deflagrou nesta semana uma operação nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói e também no estado de São Paulo para desarticular um grupo criminoso envolvido no furto de mais de 700 transformadores de energia elétrica.

De acordo com as investigações da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), o esquema criminoso era altamente estruturado e envolvia o furto de equipamentos de grande porte da concessionária Ampla, que eram levados para pontos de receptação em cidades paulistas e posteriormente comercializados. Ao todo, os policiais civis cumprem dez mandados de busca e apreensão.

A apuração aponta que, entre 22 de junho e 10 de agosto de 2024, foram subtraídos 775 transformadores da empresa em pelo menos oito ocorrências distintas. O prejuízo estimado ultrapassa R$ 800 mil.

O governador Cláudio Castro destacou o trabalho de inteligência da Polícia Civil e a cooperação entre os estados para combater o crime organizado.
— Parabenizo o trabalho de inteligência da Polícia Civil, que por meio de um trabalho estruturado, faz valer o compromisso de manter a ordem e proporcionar segurança para quem investe e gera empregos no Rio. Estamos identificando esses criminosos e contamos com a cooperação de São Paulo para desarticular a logística desse crime, que vem se espalhando pelo país — afirmou o governador.

Segundo as investigações, um funcionário da empresa lesada, responsável pela autorização de movimentação dos transformadores, era o principal articulador interno do esquema. Ele liberava os equipamentos em datas previamente combinadas, permitindo a saída irregular sem registro formal.

Os agentes também identificaram um segundo envolvido, que atuava como elo entre os funcionários e os receptadores em São Paulo. Esse homem coordenava as retiradas e os pagamentos pelos transportes. Um dos motoristas intimados a depor confirmou ter realizado o transporte dos transformadores entre Itaboraí (RJ) e endereços paulistas desde setembro de 2023, recebendo pagamentos via transferência bancária.

Com base nas informações coletadas, a Polícia Civil conseguiu mapear toda a cadeia criminosa. A operação desta terça-feira tem como objetivo reunir novas provas — como documentos, mídias eletrônicas e outros materiais — que possam reforçar a investigação e ajudar na identificação de novos integrantes do grupo.