Os últimos jogos do Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2025 têm revelado uma tendência preocupante: o tempo de bola rolando está em queda constante, e as partidas vêm sendo marcadas por excessivas interrupções da arbitragem. O problema ficou evidente no confronto contra o Cruzeiro, na última quinta-feira (2), no Maracanã, quando o primeiro tempo registrou o menor tempo de jogo efetivo de toda a temporada.
De acordo com um levantamento interno, as quatro partidas mais recentes do clube — contra Juventude, Cruzeiro, Corinthians e Vasco — estão entre as seis piores da competição em tempo efetivo de bola em jogo. O estudo aponta que os árbitros têm paralisado as partidas com frequência, marcando faltas por contatos mínimos, exigindo repetições de laterais por pequenos desvios de posição, além de alongar revisões e discussões desnecessárias, o que compromete o ritmo e a fluidez das partidas.
A recomendação internacional da FIFA é que os jogos tenham, em média, 60 minutos de bola em movimento, mas o Flamengo vem registrando índices bem abaixo desse número. No início do campeonato, o clube mantinha uma média próxima da ideal, porém, nas rodadas mais recentes, a quantidade de interrupções aumentou significativamente, resultando em duelos mais lentos e com menos futebol e mais conversa.
A preocupação vai além dos números. O excesso de paralisações prejudica o espetáculo, afeta a experiência do torcedor e impacta diretamente equipes que valorizam a posse de bola e o jogo técnico, como é o caso do Flamengo. Cada minuto perdido em discussões, revisões e faltas questionáveis representa menos tempo de bola rolando e mais frustração para jogadores e torcedores.
Em um momento decisivo do Brasileirão 2025, a discussão ganha peso. Especialistas e clubes têm defendido a necessidade de o futebol brasileiro se alinhar às práticas internacionais, priorizando a continuidade do jogo e a qualidade do espetáculo.
A mensagem é clara: o torcedor merece mais bola rolando e menos interrupções — um desafio que depende de critérios mais equilibrados da arbitragem e de uma postura mais moderna na condução das partidas.