
Tarcísio de Freitas assumiu o protagonismo do Movimento de Direita ao se manifestar de forma objetiva sobre a necessidade da aprovação de "ampla e irrestrita anistia" em decorrência do Processo de Julgamento de Bolsonaro e pelas condenações dos atos de 8 de Janeiro de 2023.
Em cima do trio elétrico, Tarcísio lembrou que Prudente de Morais deu anistia aos revoltosos dos primeiros anos da República, que Presidente Vargas anistiou quem participou da Intentona Comunista, Juscelino Kubitschek deu anistia aos revoltosos de 1955, também foi dada anistia em 1979. "Pedir Anistia é algo justo, é algo real, é algo importante.A anistia para essas pessoas é o reencontro com a liberdade." Tarcísio utilizou suas redes sociais para divulgação do discurso que emocionou a multidão que o ouvia.
Maior nome da Direita na ausência eleitoral de Jair Bolsonaro, por vezes Tarcísio foi questionado sobre sua postura discreta nas pautas mais complexas do movimento conservador. Compreensível. Em vários momentos em que o nome do Governador de São Paulo teve destaque e foi anunciado como possível candidato a Presidente da República, o próprio Bolsonaro fez questão de manifestar-se trazendo o jogo exclusivamente para si, afirmando que o único candidato a presidente seria ele próprio. Esse movimento de protecionismo do posto de liderança da Direita, pela família Bolsonaro, também é percebido quando o nome de Nikolas Ferreira é suscitado como um futuro presidenciável, e Nikolas passa a ser afrontado por Eduardo Bolsonaro. Mas essa postura vai se remodelando a medida que fica a cada dia mais evidente a condenação de Bolsonaro, e a dificuldade de retorno do Deputado Eduardo Bolsonaro ao território nacional. Por conseguinte, a readequação de cenário alça Tarcísio de Freitas ao posto de novo líder principal, função que ele incorporou de forma evidente neste domingo.
No Rio de Janeiro o Deputado General Pazzuelo fez declarações sensatas e equilibradas. "Anistia é uma decisão pelo equilíbrio do país. Com condenação ou sem condenação, precisamos entender que a guerra entre Direita e Esquerda não pode diminuir o tamanho do País. A pacificação é o único caminho para a reconquista da Democracia. O processo eleitoral de 26 precisa ser feito sem o ódio que tomou conta do cenário. A manifestação da vontade do povo tem que ser soberana e sem a influência da mídia e da justiça, de maneira que o resultado eleitoral não seja comprometido antes mesmo das urnas."